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domingo, 30 de agosto de 2015

"Regra"

Hoje
Sou
Ou estou
Na primeira
Pessoa do singular.
Mas para que
Hoje
Eu me torne
Um pouco mais
Feliz,
Deveria estar
Em outra posição.
Primeira pessoa
Do singular, não!
Eu... (não)
Tu (?)
Ela (não)
NÒS (SIM)!

"Quantas"

Quantas madrugadas atravessei...
Me envolvendo em seus mistérios
Entrando e saindo, isso, aquilo,
Ileso, apesar dos riscos,
Por ruas e bares,
Lugares bons e ruins,
Muitos lugares...

Quantas madrugadas brinquei...
Bicicleta, skate, moto, carro...
Balões, garotas...
Spray...
Pernas, braços...
Beijos, abraços, quartos, camas...
Muitas camas...

Quantas madrugadas chorei..
Lembrando do passado
Olhando fotos, relendo cartas...
Ouvindo canções...
Inúmeras recordações...
Alegrias, tristezas...
E muitas lágrimas...

"Hoje"

O hoje
E o ontem
Se unirão
Amanhã
Para que o depois
De
Amanhã
Sejo melhor
Do que
O hoje
E o
Ontem...

"Pra Pensar"

Peço-te uma espórtula
A solidão é meu flagelo
O relento é minha morada
A marquise é meu teto
O chão é minha cama.

Peço-te um pouco de comiseração
Para com um semelhante sem sorte
Largado no mundo ao nascer
Que criou-se a si mesmo de forma lúgubre,
Um ser que a vida tornou rocha, mas que clama indulgência.

Peço-te que sejas benevolente comigo
Posso parecer jocoso
Muitos me consideram abjeto
Porém a vida já se encarregou de me castigar
Sem motivo ou razão aparente.

Creio em tua  magnificência
E aqui estou suplantado diante de vós
Perdão, perdão, perdão
Sou pedinte sim, não nego
Mas não perdi minha honestidade
E sou tão filho de Deus quanto qualquer outra criatura.

Entretanto, sou um desafortunado.

"Tipo Errado"

Eu era assim
Um tipo certo de cara errado
Um doido, destrambelhado, que fazia o que lhe vinha à mente,
Que lhe falava de amor com o olhar,
Que lhe fazia sorrir, que lhe fez sonhar...
Eu era assim
E mesmo sendo um tipo certo de cara errado
Eu te conquistava e fazia florescer a semente do amor em teu coração...
E você
Com seu rosto angelical, sem perceber, me conquistava também,
Fazia meu coração bater mais forte, me fazia apaixonar...
Eu era, fui, e sou
Completamente, perdidamente
Apaixonado por você
E o que havia de errado em mim
Ficou no passado, perdido no tempo...

terça-feira, 11 de agosto de 2015

"Seis Crianças"

Era uma vez, um bando de crianças
Que uma a uma vou descrever
Pois tenho na memória 
Tudo o que há pra se dizer
E sem mais demora
Começo agora 
Meu poema escrever 

Começo por uma
Que por “Cabeça” atendia
Amiga de longa estrada
Que no rosto, um sorriso sempre trazia
Apesar dos dissabores
Sempre viu na vida flores
E a todos compreendia 

A menor de todas
Vou aqui apresentar
Doida, doida, doida
Em qualquer hora e lugar
Com seu viver natural
Faz do mundo um quintal
E a vida, sabe aproveitar 

A terceira criança
Eu agora vos digo
“Barriga” é sua alcunha
Meu irmão e meu amigo
Tanta foi a diversão
Guardo tudo no coração
E carrego as lembranças comigo 

Tem uma do pé sujo
Que de “Laion” era chamada
Falava mais que tudo
E sempre arrancava risadas
Era astuta e valente
Fazia a alegria da gente
E sempre foi por todos amada 

Falo agora de outra
Cujo pé também chama atenção
Por “Chulé” ficou conhecida
Mas é digna de admiração
Nossas aventuras não revelarei
Mas no fundo eu sei
Que ela me tem no coração 

E por último, mas não menos importante
Tem o tal do mal humorado,
As vezes brigão e carrancudo
É por todos admirado
Diz o que na mente lhe vem
Crê que ensinou e aprendeu também
Por ter tais amigos, se sente privilegiado

Eis um breve resumo
Acerca de diferentes pessoas
Que a vida em um determinado momento juntou
Não por motivo atôa
A gente tanto brincou
E hoje homenagem lhes rendo
Saibam que continuamos sendo
Amigos que a vida criou.